Apenas não finjo

A cada passo
penso, passo
fujo, corro,
peço socorro...
por de ti tanto gostar,
ou melhor,
tanto gostara
e gastara meu tempo,
meu tipo, meu momento,
ao sentir, sofrer
e sorrir por ti.

Agora finjo,
faço de conta
até minto,
ao dizer que gostei
e desgostei de você...
que sem querer,
sem saber,
me fez tanto sofrer,
quase morrer,
se assim melhor dizer.

Nada adianta,
se eu pudesse...
atrasaria o tempo,
o vento, a música,
aquela força delicada,
de um dia ter te puxado,
te sentido e te beijado.

Mais uma vez...
nada adianta,
apenas sangra,
arde, bate e rebate,
de tanto desgosto...
corro e recorro,
canso e descanso,
mais uma vez
em busca de ti.