Aos Visitantes Ilustres

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terça-feira, 26 de outubro de 2010

MOMENTO APÓS AQUELES INSTANTES

Começo agora te vendo sentada
Naquele tapete branco felpudo
Cabelo preso com um hashi
Caindo sobre os olhos
Metade oriental, metade ocidental
Aquela bata branca
Caindo em teus ombros
Revelando teu lado esquerdo
Revelando teu coração
Em mãos um vermelho ardente
Em cima das pernas um violão
Preto e lindo pra realçar com teus cabelos!!!
A tua direita uma taça de conhaque
Bem grande, como gostas
Mas dentro havia meia dose de um pró-seco
A tua esquerda um centro
Com tampo de vidro e sustentado por teus livros
As partituras em sua fronte
Para apenas observar e não errar
E alí o teu charuto, que tanto gostas
Regado de um luar sorridente
Minguando numa noite quente
Na tua vista privilegiada
Assim como tua voz bem compassada
Lá está o clarinete (pra mim um sax)
Estava ele em silêncio
E naqueles instantes
Realmente, não era necessário